UM quarto centro com pouco mais de 200 moçambicanos vítimas de ataques xenófobos foi descoberto num dos bairros de Durban, na África do Sul.
A
informação foi revelada ontem ao nosso Jornal pelo Embaixador
moçambicano na RAS, Fernando Fazenda, tendo sublinhado que primeiro as
vítimas pediram refúgio numa esquadra e depois foram conduzidas ao
referido centro de acolhimento. Trata-se do quarto centro descoberto e
com moçambicanos, depois de Isipingo, Chatsworth e Greewood Park. Com
esta descoberta, sobe para mais de 600 o número de moçambicanos vítimas
dos actos de xenofobia que assola a RAS desde o início do mês.
O
embaixador Fernando Fazenda explicou que uma das grandes prioridades
neste momento, a par do repatriamento dos moçambicanos, é procurar
localizar e socorrer mais compatriotas vítimas e que provavelmente
estejam barricados nas suas casas ou instituições policiais,
impossibilitados de sair ou circular de modo a aceder aos centros de
acolhimento para serem alistados e repatriados.
Aliás, o nosso entrevistado explicou que o processo de alistamento encontrado juntamente com as autoridades policiais sul-africanas para o repatriamento dos moçambicanos é o mais adequado neste momento porque as vítimas não têm passaportes ou outros documentos de viagem que os possam identificar.
Aliás, o nosso entrevistado explicou que o processo de alistamento encontrado juntamente com as autoridades policiais sul-africanas para o repatriamento dos moçambicanos é o mais adequado neste momento porque as vítimas não têm passaportes ou outros documentos de viagem que os possam identificar.
“Assim,
as pessoas primeiro são alistadas e depois tomam o transporte. Esta é a
exigência da Polícia para que o trânsito nas diferentes fronteiras
aconteça sem muitos problemas. Deste modo, o segundo grupo de
moçambicanos vítimas de xenofobia só partirá amanhã, domingo, devendo
usar a mesma via, ou seja, o território suázi até a fronteira de Goba.
Estamos a falar do maior número de evacuados num dia, neste caso pouco
mais de 200 concidadãos que deixarão Durban de volta para casa” – disse
Fazenda.
Entretanto,
nas primeiras horas de ontem chegou ao país o primeiro grupo de 107
moçambicanos repatriados da RAS por causa da onda de violência xenófoba.
O grupo foi acomodado no centro de trânsito de Boane, aberto para o
efeito, tendo no final do dia partido para os seus pontos de origem.
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