domingo, 19 de abril de 2015

África do Sul vive onda de xenofobia: dezenas estão presos; mortes chegam a seis

Presidente Jacob Zuma cancelou visita oficial à Indonésia para lidar com manifestações contra estrangeiros no país


Uma onda de xenofobia na África do Sul tem levado centenas de estrangeiros a voltarem a seus países por temerem agressões de sul-africanos intolerantes à presença deles no país. Ao menos seis pessoas morreram nas últimas semanas em decorrência de atos xenófobos.
Sul-africanos usam armas brancas para intimidar estrangeiros e convencê-los a deixar o país

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A situação chegou a tal nível de gravidade que o presidente sul-africano, Jacob Zuma, cancelou, neste sábado (18), uma visita oficial à Indonésia, com a justificativa de que precisa “se ocupar de problemas domésticos” relacionados à violência contra estrangeiros no país, informou o gabinete do chefe de Estado.
A polícia na região do KwaZulu-Natal informou ter detido 78 pessoas que estariam envolvidas em atos de violência racista.


"Façam suas malas"
A onda de violência teria começado após o rei Zulu, Goodwill Zwelithini, afirmar em um evento que os estrangeiros deveriam "fazer suas malas e ir emobra da África do Sul por estarem roubando empregos de cidadãos", segundo a mídia local.

Pouco depois do discurso xenófobo, teria sido deflagrada a violência, primeiramente na cidade de Durban, onde se encontra um dos grandes portos marítimos do país.
Os representantes de Goodwill negaram que ele tenha feito o comentário. Assim como outros reis tribais, o líder pode até ser uma figura mais cerimonial no país, mas possui grande influência em sua comunidade, podendo persuadi-la a cumprir suas determinações.

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